Falar da vida do outro

Porque algumas pessoas pegam a falar da vida do outro?

Me conta uma coisa, você conhece alguém que gosta de contar e falar da vida do outro?

Aquela pessoa que chega sutilmente e manda um: Ai menina, você não sabe o que aconteceu com a “fulana“!!! 

Eu sempre digo que algumas pessoas deveriam ter gatos, cuidariam das tais “7 vidas” de cada gato e deixariam a vida dos outros em paz, mas o que leva essas pessoas a serem assim? 

O meio em que foram criadas sem sombra de dúvidas corrobora para que atuem dessa forma, pois acabam repetindo padrões de comportamento semelhantes aos que viu no decorrer da vida.

Porém, quando a pessoa “cuida da vida do outro” está fazendo isso como evitação, ou seja, eu vejo o problema do outro, eu “meto o bedelho” na vida do outro e enquanto isso os meus problemas vão ficando para trás e sendo recalcados como se não existissem. 

Como um “mecanismo de defesa” a mente dessas pessoas se coloca a cuidar do outro para não olhar a própria dor, assim a pessoa evita reviver, sentir e elaborar o seu problema. 

Na clínica, vejo algumas pessoas que me dizem: Mas Grazy, “fulano” faz isso e aquilo da vida, os pais não olham, não enxergam e só eu vejo!…. 

Porque será que só você vê, neh: Alecrim dourado, que nasceu no campo, sem ser semeado?!! 

Reflita agora: será que estou cuidando da vida do outro só para esconder A MINHA DOR?

Será que aquilo que estou vendo no outro, pode ser MEU TAMBÉM?

Quando se olha para a própria dor e elabora, entende-se que o outro é resultado dos pais, meio e religião que o criou e que você não tem nada haver com isso, então, bora cuidar da própria dor e deixar que o outro cuide de si mesma?

“Falar do outro é muito fácil, difícil é falar e ouvir a si mesma.”

Você conhece alguém nessa situação? Será que você mesma vive essa situação e não se dá conta?

Me conta aqui…